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Ingresso no mercado exterior exige cautela e preparo

16/03/2016

Em períodos de crise, ingressar no mercado internacional pode ser uma saída viável para a ampliação dos lucros. Contudo, há detalhes que, se passados despercebidos, podem acabar piorando o cenário econômico das empresas.

'Para que uma empresa esteja apta a operar no mercado internacional, ela precisa observar elementos que são indispensáveis para a obtenção do almejado lucro, que dependerá de um bom planejamento empresarial, com estudo de todas as variáveis', afirma Fabio Stefani, da Dupont Spiller Advogados.

E saber identificar o momento ideal para dar esse passo faz parte do planejamento. 'O momento, a meu ver, é após a estabilização/consolidação da empresa no mercado nacional', diz Stefani.

É preciso, segundo o advogado, que a empresa conheça a si mesma e o mercado alvo no exterior, e que esteja ciente dos riscos inerentes à operação. 'Sempre há riscos, e eles poderão acarretar no desembolso de valores não previstos no preço do produto.'

Uma vez em posse dessas informações, parte-se para o Estudo de Mercado. Por meio dele, será possível verificar se o produto é vendável, sua admissibilidade, necessidades e demandas específicas para ser comercializado em determinado país. Servirá também para conhecer os hábitos dos consumidores e o que eles desejam em determinado produto, além de mapear os preços de concorrentes e formas de distribuição das mercadorias.

Abaixo, elencamos as primeiras ações que devem ser tomadas por um gestor que decide exportar, de acordo com orientação do advogado:

- Verificar qual é o tipo de produto que poderá produzir; - Conhecer a cultura e as demandas do mercado alvo; - Verificar quais são os concorrentes; - Mensurar o volume de produtos que o mercado-alvo suporta; - Identificar a segurança no pagamento das exportações; - Verificar a qualidade do produto fabricado e eventuais custos de assistência técnica; - Conferir os insumos necessários para a produção; - Observar acordos comerciais e de aplicação dos Certificados de Origem; - Certificar-se sobre a existência de garantias dos pagamentos; - Conhecer, se houver, incentivos governamentais; - Estar a par da segurança política e comercial do país-alvo.

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