Empresas familiares, impreterivelmente, passarão pelo momento de sucessão, no qual o líder transfere suas responsabilidades perante clientes, colaboradores e sociedade para a geração seguinte. Mas como acomodar os interesses divergentes e garantir a perpetuidade da empresa em um eficiente planejamento sucessório? Um dos instrumentos mais eficazes para organizar este momento é a
holding, uma sociedade empresária (como S.A., Ltda etc.) cujo objetivo principal é a participação em outras empresas como acionista ou cotista. A
holding estrutura juridicamente a empresa para que seus objetivos econômicos, políticos e sociais não sofram interferência de outros interesses (divergências pessoais, conflitos etc.). Outro benefício da
holding é a proteção patrimonial, inclusive de imóveis, por separar o patrimônio particular dos sócios do patrimônio da empresa operativa que se expõe aos riscos do negócio (ações trabalhistas, tributárias etc.). O Rio Grande do Sul é um dos estados brasileiros com maior número de empresas familiares. A evolução de casos de sucessão acabou por criar certas peculiaridades em nossa região, que acabam sendo melhor conhecidas por profissionais locais. Dessa forma, é possível concretizar um planejamento sucessório mais condizente com a realidade da empresa em consonância com as características históricas do Estado. O crescimento de muitas organizações brasileiras e o momento histórico em que a segunda geração da empresa familiar está transferindo a responsabilidade para a geração seguinte requerem profissionalização imediata e
planejamento sucessório. Não são raros os casos em que uma empresa bem estruturada sofre sérios prejuízos por má gestão ou pela inserção de outros interesses que não o econômico. Para viver este ritmo de crescimento que o Brasil oferece é preciso estar bem estruturado e o passo inicial começa com um correto assessoramento jurídico e posterior planejamento sucessório.
Alessandro Spiller Sócio da Dupont Spiller Advogados alessandro@dupontspiller.com.br