16/05/2024
O tema ESG não é novidade e já esta presente na rotina de muitas organizações. No entanto, para boa parte dos empresários, principalmente os de organizações de pequeno e médio porte, o assunto ainda é um mar de incertezas.
Como incorporar esses princípios ao DNA da empresa? E mais: como medir resultados?
Atualmente, não há legislação específica sobre o tema, gerando inseguranças, tanto para empresários quanto para investidores.
Assim, a fim de auxiliar as organizações que pretendem implementar práticas de ESG, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) criou a Prática Recomendada 2030, que sugere um modelo de incorporação dos princípios ambientais, sociais e de governança através de indicadores de sustentabilidade, uniformização de informações, relatório de desempenho e publicidade.
A PR 2030 traz sete passos para a incorporação dos pilares ESG, sendo eles: conhecer, ter a intenção estratégica, diagnosticar, planejar, implementar, medir e monitorar e por fim, relatar e comunicar.
O principal objetivo, sem dúvida, é materializar, com a devida orientação jurídica, o conceito ESG dentro do modelo de negócio da empresa, saindo da subjetividade até então existente.
Apesar dos comentários públicos sobre boas práticas e critérios de avaliação, a padronização das informações prestadas por empresas que se dizem sustentáveis nem sempre é alcançada, o que geralmente significa escassez de dados comparáveis, fontes insuficientes e falta de informações.
Através da implantação dessas práticas e diretrizes, será possível que as empresas possam efetivamente mensurar o seu desempenho social, ambiental e de governança.
Vale salientar que não há obrigatoriedade quanto à incorporação das recomendações da PR 2030, ou dos pilares ESG no modelo de negócio, mas certamente aquela empresa que conseguir divulgar informações concretas, baseadas em indicadores, se tornará mais competitiva, tanto para futuros investidores quanto para seus consumidores, que estão cada vez mais atentos e exigentes.
A Prática Recomendada 2030 é o marco inicial para padronização de informações, como uma forma de orientar e facilitar a divulgação de resultados através de um modelo padrão, sendo o pontapé inicial para as empresas que querem, mas ainda não sabem, como implantar práticas de ESG.
Mônica Costella,