Independentemente das divergências entre Joe Biden e o presidente Jair Bolsonaro, suas respectivas equipes técnicas seguem na busca de pontos de interesse voltados para o crescimento das relações comerciais entre Brasil e EUA.
Na semana passada, junto à uma missão com 70 empresários norte-americanos ao Brasil, o Secretário adjunto do Departamento de Comércio Exterior dos EUA, Don Grave, externou ao Embaixador brasileiro José Sarquis o interesse dos EUA em fornecer fertilizantes para o Brasil, bem como na estruturação conjunta de uma cadeia de suprimento de manufaturados, equipamentos para saúde e semicondutores.
Construção que vem a fertilizar as relações comerciais entre os dois países. No último mês, o fluxo comercial teve um crescimento de 5,6% nas exportações do Brasil para a América do Norte e um crescimento de 11,2% das importações, se comparados com o mês de março de 2022.
Dentro dessa tendência comercial, outros assuntos também necessitam ser abordados, como a discussão sobre um tratado internacional para evitar a dupla tributação da renda, decorrente do fluxo comercial, financeiro e de investimentos que serão gerados entre os dois países.
Na situação atual, o Departamento do Tesouro Americano, mediante a publicação das novas regras sobre o foreign tax credit – TD9959, passou a adotar critérios mais rígidos sobre a possibilidade de empresas americanas utilizarem o valor do imposto de renda pago no exterior como crédito para evitar a dupla tributação da receita auferida.
Em razão dessa nova norma, um “custo adicional” passa a incidir sobre os resultados de controladas americanas estabelecidas no Brasil. Custo econômico que reduz a atratividade de investimentos para o Brasil.
É preciso fertilizar as relações comerciais com políticas públicas voltadas para o efetivo desenvolvimento. Só assim poderemos estabelecer uma nova cadeia de suprimento sustentável e economicamente saudável para ambos os países.