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Tendências no marketing jurídico: 3 perguntas para Gustavo Rocha

01/03/2017

Nesta semana, o consultor Gustavo Rocha antecipou as tendências no marketing jurídico para um grupo de profissionais da Dupont Spiller Advogados, em Bento Gonçalves. No treinamento, Rocha elucidou os fundamentos do marketing, sua aplicação no universo jurídico e forneceu orientações práticas para os profissionais acompanharem as mudanças pelas quais a profissão está passando.

Em linhas gerais, o consultor apresentou cinco tendências que devem nortear o trabalho dos escritórios de advocacia:

- Advocacia em qualquer lugar: os escritórios precisam de estrutura e tecnologia para atendimento remoto; Hoje, com advento do processo eletrônico, bem como das tecnologias de redes sociais, os advogados precisam compreender que a sua cidade, estado e até mesmo país não são limites para o exercício da profissão. - Mescla de profissionais: inclusão de profissionais de outras áreas no escritório, como administração, psicologia, entre outras, que ajudam o direito a ser exercido mais próximo do alcance da justiça do caso. - Advocacia de massa: tendência forte de mercado, onde cada vez mais temos que aprender a usar a tecnologia para gerenciar com custos aceitáveis mais processos, sem esquecer de não aviltar honorários. - Advocacia consultiva: devemos lembrar que o judiciário não é a única alternativa para solução dos litígios e tudo que puder ser feito para evitar o judiciário deve ser visto com bons olhos. - Compliance: adotar regulamentos claros, objetivos e focados no cliente, que transformam a advocacia e principalmente fortalecem o relacionamento com o cliente, que no âmbito empresarial está exigindo estes regulamentos em suas contratações com os escritórios jurídicos. Confira, abaixo, três perguntas para aprofundar o tema:

1. Em sua apresentação, ficou claro que os escritórios de advocacia – e a própria profissão de advogado – estão mudando consideravelmente. Do ponto de vista das empresas que contratam serviços advocatícios, qual deve ser o posicionamento ideal de uma banca jurídica neste momento de profundas transformações? As empresas devem procurar profissionais alinhados a dois focos: mercado e o direito, sempre alicerçados na tecnologia. Um advogado que não esteja inserido no mercado fica distante da realidade da empresa e assim, não consegue entregar o jurídico adequadamente, entrega um jurídicos apenas processual e não pensante. E a tecnologia auxilia o advogado a ter um diferencial competitivo de valor, tempo e racionalidade da informação.

2. Partindo do que você comentou, de que "relacionamento é a essência do marketing", e entendendo que relacionamentos são feitos entre pessoas, que dicas práticas você daria a um profissional advogado que busca ampliar e qualificar sua rede de relacionamentos? Atualmente, entendo que os relacionamentos se formam em dois níveis: Presencial e on line. O advogado deve buscar relacionar-se presencialmente em eventos, situações de família, entre outras realidades sociais e também não esquecer de interagir online, pois temos redes sociais excelentes para estreitar contatos. Só é preciso lembrar que o online deve nos levar ao presencial e vice versa, sempre focando no presencial. Nada substitui o contato olho no olho para gerar confiança e relacionamento. 3. Como você enxerga as consequências que a inteligência artificial pode causar na profissão de advogado com a criação dos "robôs-advogados" que já operam em outros países? A ideia da tecnologia deve ser vista com um olhar sempre crítico no seguinte sentido: a máquina não pensa. Portanto, tudo que ela faz é mecânico e repetitivo. O advogado não será substituído por máquinas. O que será substituído são as tarefas repetitivas e que não precisem pensar e isto não só acontece na advocacia, mas em todas as profissões, desde a revolução industrial há séculos. O advogado, portanto, deve investir em pensar o direito, as estratégias processuais e de litígio ou acordo e usar a tecnologia e não ser usado por ela.

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